
Remendo o rasgo aberto na camisa nova.
Procuro preencher o espaço vazio que persiste,
Procurando palavras e sentidos que dêem
Razão a saudade cruel e vou-me diluindo...
Nas tardes de inverno é sempre assim.
O dia se acovarda, permitindo a noite chegar mais cedo.
Fico como que incompleto, perdido
Entre os tantos afazeres.
Que vontade tenho eu de fugir
Pra bem longe; longe do alcance do imaginário,
Onde nem vazio existe!
Procuro um símbolo estático entre os
Tantos objetos de meu quarto e aos pouco vou me encontrando
Em forma de desejo, nos sentidos implícitos.
